segunda-feira, 25 de março de 2013

Parabéns Mônica!


"Além do óbvio ululante que pulula nas mentes humanas", essa foi a história da Turma da Mônica que mais me marcou. Eu não me recordo muito bem da história, pois como o título da revista dizia: Complicado demais, e faz muito tempo que li. Porém todas as reflexões feitas pela turminha que eu amo tanto até hoje, me fizeram guardar esse título no meu coração. 
Dia 3 de março a nossa dentucinha preferida fez 50 anos com corpinho de sete. Nascida em 1963, Mônica era coadjuvante nas tiras de jornais do Cebolinha. Porém ganhou o mais atenção dos leitores por ser a primeira personagem feminina com papel em destaque entre as criações do Maurício de Souza, que eram em sua maioria masculinas.

Com sua força descomunal e gênio forte, Mônica teve como inspiração a filha do seu criador que tem o mesmo nome. Seu jeito mandão, a preferência por roupas vermelhas, e seu coelhinho preferido, a baixinha dele se tornou a baixinha mais querida do Brasil. Suas características físicas (baixinha e dentuça) geram provocações dos seus amigos do Bairro do Limoeiro, Cebolinha e Cascão, que sempre eram atingidos por Sansão logo após a provocarem ou quando algum "plano infalível" de Cebolinha para roubar o Sansão e lhe fazer nó nas orelhas, falhava.
A Turma da Mônica conquistou e ainda conquista não só brasileiros, mas também faz sucesso na Europa e na Ásia e está conquistando os Estados Unidos. E a partir de 2008, nossa turminha amada cresceu e apareceu em Turma da Mônica Jovem, que veio com um traço mais semelhante ao de mangá. A edição 34 "Quer namorar comigo" vendeu 500 mil exemplares. Muito mais que títulos internacionais de HQ. 

E me vem uma pergunta: quem disse que brasileiro não sabe escrever ou fazer história em quadrinhos?

Grande Maurício, inspira tantos jovens, tornou nossas infâncias mais felizes e eternizou personagens que existem em cada um de nós. Eu cresci lendo A Turma da Mônica e sempre tive amigos apelidados de Magali e Cascão (eu sempre fui a Mônica...). O primeiro prazer de ler veio ao poder me aventurar com a turminha e creio que tenha sido assim com a maioria de vocês, senão todos. Por isso que quando dizem que o Brasil é um país que não lê, eu discordo. Discordo também quando dizem que no Brasil literatura é uma arte apreciada por poucos. Apenas não temos o incentivo nem a visão melhor trabalhada da indústria literária nacional.
Se a Mônica está fazendo 50 anos, então há 50 anos temos cada vez mais leitores, pessoas cada vez mais apaixonadas pela reflexão. Por isso eu agradeço ao Maurício de Souza. Obrigada pelas aventuras, pela fantasia, pelo conhecimento, pela frustração de não ter um Sansão e pelo apelido de Mônica!