domingo, 16 de junho de 2013

Deu Tilt Entrevista Behold Studios

Behold Studios é um estúdio brasileiro que alcançou escopo mundial com Knights of Pen & Paper, um jogo para Android e iOS. Irreverente e quebrando em pedaços a barreira entre a audiência e o jogo, KoP&P é recheado de referências nerds e cria uma excelente atmosfera de RPG de mesa.

Com o lançamento de uma nova versão do jogo se avizinhando, Saulo Camarotti do Behold Studios deu uma palavrinha conosco.

DEU TILT: Antes de mais nada, só percebi que Knights of Pen & Paper era feito por brasileiros durante o encontro com o outro grupo de aventureiros.

BEHOLD STUDIOS: Pois é! O jogo foi lançado em Inglês desde o começo pois vendemos para mais de 90 país. E essa inclusão de vários elementos brasileiros e inclusive nós mesmos como personagens fez com que muitos percebessem a origem tupiniquim. hehe. Hoje o +1 Edition já será lançado em Ingles, Português, Alemão, Italiano e Espanhol.

DEU TILT: O mercado de jogos casuais tem uma quantidade de clientes muito grande e um custo de entrada relativamente pequeno tanto para jogador quanto para os produtores de jogos. Os consoles de última geração, por outro lado, são mais caro e a produção de um título AAA pode demorar anos e custar milhões de dólares. Você acha que jogos casuais e plataformas portáteis podem declarar o fim dos títulos AAA?

BEHOLD STUDIOS: Acho que não. São propostas diferentes, e as duas podem e devem coexistir. São como filmes super produções de Hollywood e as pequenas séries de TV de baixo orçamento. Os jogos casuais trazem sessões pequenas ou curtas em experiência longas. O jogador se compromete pouco, mas a medida que joga vai se aprofundando e consumindo cada vez mais conteúdo. É virtualmente infinito. Os jogos Hardcores são diferentes. São sessões longas e profundas, e muitas vezes as experiências não duram tanto. Um jogo de Console pode durar 8 a 15h, enquanto um jogo social que foi criado para ser longo, pode trazer ao jogador dias de experiência contínua.

É bom diferenciar também AAA de jogo hardcore. O AAA é a qualidade, como 5 estrelas. Assim, é possível um jogo de altíssima qualidade, AAA, criado para o público casual, mid-core ou hardcore.

DEU TILT: Vemos cada vez mais menos jogos do gênero RPG, mas cada vez mais outros jogos usando elementos de RPG. Depois das controvérsias com Dragon Age 2, alguns anos atrás, diversos críticas chegaram a falar que o gênero estava morto. Você acha que ainda existe espaço para o gênero no mercado atual?

BEHOLD STUDIOS: Com certeza, o Knights of Pen & Paper é exemplo disso. Recebemos diversas críticas positivas quando ao resgate do gênero em uma mecânica inovadora. Mas não acho que o RPG tenha enfraquecido tanto. Pois, muitos jogos incorporaram esse elemento de controle de recursos, evolução, árvores de habilidades. Veja por exemplo o Mass Effect, que incorpora jogabilidade de jogo de tiro em terceira-pessoa com diversos elementos do RPG.

Aqui na Behold, acreditamos nos jogos de nicho, e por fazermos parte do nicho de RPG de mesa, fizemos um jogo também pra gente jogar. Entendemos que focar em um nicho melhora a probabilidade de acertarmos e agradarmos os jogadores. Com certeza teremos jogadores que não vão jogar Knights P&P, mas os que jogarem vão fazer parte da comunidade e se sentir parte daquela meta experiência dos anos 80. Fazer jogo sem nicho, focando em todo mundo, é a mesma coisa que fazer jogo pra ninguém.

DEU TILT: Knights of Pen and Paper está prestes a ter sua versão +1. Que novidades os fãs podem esperar?

BEHOLD STUDIOS: O +1 Edition foi uma parceria da Behold Studio, com a Paradox Interactive, publicadora do Magicka. Eles trouxeram um pouco da experiência deles e propuseram algumas mudanças importantes na mecânica do jogo. Desde janeiro trabalhamos para consertar muitos problemas que o jogo tinha, incluir novos recursos, e claro, novos conteúdos.

Os jogadores foram muito participativos, enviando elogios e sugestões para nossa equipe, e assim decidimos uma séria de mudanças para melhoras a experiência para todos. Temos uma Taverna para você organizar melhor sua mesa de personagens, temos Dungeons com experiências de instância e desafios verdadeiros dentro do jogo. Temos também novos itens, monstros, quests, lugares, e muita meta-história inception! =)

O jogo será lançado no Steam, para PC, Mac e Linux. Em duas versões, a +1 Edition e a +1 Deluxe Edition, com conteúdos exclusivos, trilha sonora dentre outras coisas.

DEU TILT: Quais são os sistemas de RPG de mesa favoritos de vocês?

BEHOLD STUDIOS: Nós jogamos muito D&D, mas temos uns aqui viciados em sistemas diferentes de RPG.

DEU TILT: Quais são seus projetos atuais, além da versão +1 de Knights of Pen and Paper?

BEHOLD STUDIOS: Nós estamos trabalhando em um jogo tão meta, se não mais meta, que o Knights. Este novo jogo chama-se Chroma Squad. Um grupo de dublês de super sentai (a.k.a Power Rangers) decidem abrir o seu próprio studio de gravação. E nesse jogo, você vai gerenciar os atores, as câmeras e efeitos especiais, enquanto luta em batalhas tática de turnos controlando monstros e bonecos de massa.

Já liberamos uma webcomic contando uma historia paralela do jogo em www.chromasquad.com.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Deu Tilt Entrevista Marcelo Cassaro

Desde 1985 Marcelo Cassaro faz parte da indústria de entretenimento brasileira. Nesse meio tempo, ele trabalhou nos desenhos da Turma da Mônica nos estúdios Maurício de Souza Produções; roteirizou várias séries em quadrinhos, como a revista do Didi (incluindo uma edição que era uma aventura solo de RPG!), Heróis da TV (com os heróis de tokusatsu que estavam na TV nos anos 90, como Jaspion e Changemen), Street Fighter Zero 3, Capitão Ninja, U.F.O. Team, Lua dos Dragões, Dungeon Crawlers e é claro Holy Avenger; lançou o livro Espada da Galáxia, vencedor do Prêmio Nova de 1995; foi editor da revista Dragão Brasil por mais de 10 anos, sendo um dos criadores de Tormenta... além do seu trabalho com Turma da Mônica Jovem, o quadrinho mais vendido das Américas.

Deu Tilt conversa com Marcelo Cassaro sobre um pouquinho disso tudo.
DEU TILT: Você é um profissional muito versátil, atuando como ilustrador, escritor de livros, roteirista de quadrinhos e ainda por cima desenvolvendo RPGs. Qual dessas faces do seu trabalho é a mais importante pra você?

MARCELO CASSARO: Gostei muito dessa pergunta!

Acho que todo artista é movido, pelo menos em parte, por inspiração e admiração pelo trabalho de outros. Leio um bom livro, tenho vontade de escrever também. Vejo um filme empolgante, quero contar uma história que faça o mesmo. Vejo uma HQ divertida, quero fazer uma. Vejo ilustrações que inspiram, quero fazer. Talvez por isso eu goste de trabalhar com mídias que misturam várias dessas coisas, como quadrinhos, RPG, games e animação.

O resultado é que acabo me dispersando, faço de tudo um pouco, mas sem dominar profundamente nenhuma arte. Hoje posso estar vendo tutoriais sobre roteiros de filmes. Amanhã, tentando aprender comandos de um aplicativo gráfico no iPad. Os dias parecem curtos, a vida parece pequena para fazer uma coisa só.

Eu não conseguiria ser apenas escritor, roteirista, desenhista, editor, animador. Admiro quem segue um caminho com firmeza, até se tornar muito bom nele. Sei que nunca vou escrever ou ilustrar tão bem quanto vários colegas meus. O lado bom é que nunca fico sem trabalho! O lado ruim é que nunca serei um grande escritor, um grande ilustrador, um grande diretor, editor... Só sei fazer o mínimo, o suficiente de cada.

DEU TILT: Turma da Mônica Jovem vende, em média, duas vezes mais que o relançamento de Liga da Justiça vendeu nos EUA e cerca de dez vezes mais que a média das revistas mensais da Marvel e da DC. Qual a explicação para todo esse sucesso?

MARCELO CASSARO: TMJ é a realização da fantasia de muitos leitores brasileiros -- ver a Turma da Mônica crescida. Muitos pensaram que, passada a novidade, o interesse acabaria. Mas isso não aconteceu, a revista segue firme e forte.

Minha explicação para o sucesso? A visão do Mauricio, que alguns acusam ter "parado no tempo", mas na verdade tem a mente no futuro, está sempre pensando no amanhã. Ele viu o avanço dos mangás e não se deixou superar. E o talento da roteirista principal da revista, Petra Leão, a quem eu empresto meus rabiscos.

DEU TILT: Você acha que a pirataria influencia negativamente nas vendas de RPG no Brasil?

MARCELO CASSARO: Sim. Mas também influencia positivamente.

Versão pirata é inferior, desonesta, vergonhosa. Você não oferece de presente, não exibe para estranhos. Qualquer um prefere o original. Muita gente faz download ilegal apenas para avaliar, para "dar uma olhada" -- é como folhear o livro na prateleira. Se gosta, e o preço é justo, acaba comprando.

Vejo empresas calculando prejuízos como se cada cópia pirata fosse uma cópia não vendida. Isso é falso. Se alguém escolhe a versão pirata, sem cogitar a compra do original, é porque não compraria mesmo. Seria uma cópia não vendida, da mesma forma.

Não aprovo pirataria, claro. Mas o fato de existir versão pirata atesta que o material é bom, atesta que há interesse nele — não existe pirataria de algo ruim. Veja Game of Thrones. Veja The Walking Dead. São campeões de downloads ilegais, mas ainda rendem fortunas a seus autores!

Então, se um RPGista tem apenas cópias ilegais de Tormenta, e junta os amigos para jogar, e pelo menos um deles compra um livro original... isso ainda é melhor que nada. Ainda é melhor que aquele RPG chato, que ninguém quis piratear, comido por traças na livraria.

Para terminar, lembremos que o Manual 3D&T Alpha tem download liberado legalmente no próprio site da editora, e mesmo assim o livro físico vende bem.


DEU TILT: Quais os motivos de Hero Party ter sido lançado em inglês?

MARCELO CASSARO: Praticidade. A desenhista, Erica Horita, atualmente mora nos Estados Unidos. Ela ama ser fanzineira, ama visitar eventos, montar estande, estar em contato direto com o público! Além disso, apenas residentes dos EUA podem fazer campanhas Kickstarter.

Também por esse motivo, Hero Party não tem ligação com o mundo de Tormenta. Não seria justo produzir Tormenta, algo que pertence aos brasileiros, em idioma que nem todos aqui dominam.

DEU TILT: D&D Next ou Pathfinder?

MARCELO CASSARO: Não sei absolutamente nada sobre Next, não tenho nenhum interesse. Não vejo Dungeons & Dragons voltando à antiga glória enquanto ainda estiver sob a posse da Hasbro. Tudo que a 3ª Edição representou em coragem e respeito ao hobby — do retorno dos grandes autores à licença aberta —, a 4E desfez.

D&D não é uma marca, não é uma franquia. É uma força que inspira, entretém, apaixona, une amigos, afasta do mal. Não voltará, excelo pelas mãos de quem realmente o entenda.

Como Pathfinder fez. Seus autores respeitam D&D a ponto de recriá-lo como deve ser. É o que eu e meus amigos jogamos hoje, é o D&D que sempre nos manteve juntos, sempre nos deu grandes momentos. Tem outro nome, mas a alma está ali.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Especial do Dia dos Namorados - Presentes


Boa noite meus nerds preferidos!!! Leitores desse blog que vive dando tilt! Daqui a pouco é um dia especial, é o dia dos solteiros se lamentarem por não terem namorado(a)! Ou seja, é DIA DOS NAMORADOS!
Para você, querido leitor(a), que tem namorado(a), vem a indecisão do presente: O QUE COMPRAR!???
Amanhã já é dia dos namorados e você ainda não sabe? Tá ferrado(a)! Mas não se desespere, nós preparamos um especial hoje!

Presentes de última hora!

  • Camisas temáticas;

  • Cupcakes temáticos; 

Eu e uma amiga fizemos esses cupcakes para nossos respectivos
  • Cd com as músicas dos jogos que o casal mais joga.

  • Cordão Coração Pixelado 


Essas foram algumas dicas, mas não se esqueçam, Dia dos Namorados é apenas uma data comercial. O mais importante vocês já tem: um ao outro! Aproveitem bem a companhia de cada um e não se esqueçam: A FORÇA ESTÁ COM VOCÊS!

Feliz dia dos namorados!



domingo, 2 de junho de 2013

Shingeki no Kyojin - O anime da temporada!

Shingeki no Kyojin (進撃の巨人)

Ficha técnica

Mangá
Gênero: Horror, Tragédia, Fantasia, Ação
Escrito por: Hajime Isayama
Publicado por: Kondasha
Revista: Bessatsu Shounen Magazine
Data de publicação: 2009 - saindo
Volumes: 10

Anime
Diretor: Tetsurou Araki
Escrito por: Yasuko Kobayashi
Música: Hiroyuki Sawano
Estúdio: Wit Studio
Licença: Funimation
             Manga UK
             Crunchyroll
Network: MBS, Tokyo MX, FBS, TOS,HTB,TVA,BS11
Dara de exibição: 6 de abril de 2013 - exibindo
Episódios: 25

Sinopse

Há centenas de anos a raça humana foi submetida a um fenômeno misterioso: o surgimento de Titãs. Esses titãs são parecidos com os humanos, na verdade são humanoides de 3 a 15 metros de altura, mas há titãs raros que podem chegar até a 60 metros de altura e possuem a pele encouraçada. Também há aqueles titãs com habilidades especiais, são ainda mais raros. Eles possuem temperatura corporal muito elevada, habilidades regenerativas e parecem não precisarem de alimentação. Porém eles perseguem a humanidade e a devoram quase nos levando a extinção, já que a diferença de poder de combate entre esses titãs e os humanos é tão grande quanto suas diferenças de tamanho.


Frente a essa situação a humanidade se isola dentre muros. São três muralhas: a mais distante do centro é a muralha Maria, a 100 km dela está a muralha Rose e no centro fica a muralha Sina.


Durante 100 anos a humanidade viveu dentro dessas muralhas de maneira pacifica porém após esse período um ataque de um titã gigante à muralha Maria trouxe o desespero e o horror do século passado ao presente. Obrigados a recuar e diminuir os seus recursos naturais, os homens decidem por recuperar seu espaço tomado pelos titãs.
Shingeki no kyojin nos mostra a história de três crianças nascidas dentro na muralha Maria e como a vida delas muda quando o ataque do titã ocorre. Eren Jaeger, Mikasa Ackerman e Armin Arlart sempre quiseram conhecer o "mundo de fora" mas ao presenciarem o ataque do Titã gigante e verem sua cidade destruída, a mãe de Eren morrer devorada por um gigante e a perda de todo território da muralha fazendo com que se tornassem refugiados e passassem fome, os três amigos decidem se alistar no exército para acabar com a ameaça dos humanoides. 
A partir daí o mistério sobre os titãs cresce e se tem a pista que, tanto a salvação quanto a resposta para o surgimento desses seres cruéis, está com a própria humanidade.

Por que tanta repercussão?

Com um roteiro bem trabalhado até agora, uma ideia original, uma arte maravilhosa e um traço muito expressivo, Shingeki no Kyojin foi a revelação dessa temporada de animes. Ele se tornou um novo marco depois de Death Note e vem causando muito impacto na crítica. O mangá recebeu o prêmio Kondasha Manga Award na categoria Shounen (mangás para garotos).
A série traz o horror de gigantes como nunca mais se viu. Esse horror é muito bem trabalhado na direção de arte. Eu fiquei em choque e ao mesmo tempo senti um nojo enorme ao ver os titãs. A tensão gerada pelo roteiro bem trabalhado, os traços marcantes do desenho nos levam para um mundo de desespero, do verdadeiro horror, e de mistério. 


Shingeki no Kyojin é de fato o melhor anime e mangá dos últimos  tempos. Afirmo, sem reservas, que é uma obra de arte pois nos faz sentir. A catarse é tanta que se pode comparar a tragédia do mundo criado nessa obra com as tragédias que presenciamos, como o tsunami enfrentado pelos japoneses em 2011. 
Mesmo que você não goste de animes ou de cultura japonesa, Shingeki no Kyojin merece uma chance. Ele já é por si só uma obra incrível.




sexta-feira, 31 de maio de 2013

Drops Cinema - Trailer Machete Kills 2


Nem preciso falar nada, só que a data de lançamento finalmente está acertada: 20 de setembro!

“Em MACHETE MATA, Danny Trejo retorna como o ex-agente federal, MACHETE, que é recrutado pelo Presidente dos Estados Unidos pra uma missão que seria impossível pra qualquer mortal – ele precisa derrubar um louco revolucionário e excêntrico tranficante de armas bilionário que preparou um plano para espalhar guerra e anarquia por todo o planeta.”

Trailer:

Machete Kills - Video Dailymotion

sábado, 25 de maio de 2013

Feliz Dia da Toalha! 25-05


Nerds de todo Brasil, vocês que são verdadeiros nerds e carregam consigo sua mais importante companheira para todas as horas: A TOALHA, sabem da verdadeira importância do dia de hoje.
Mas pra você que chegou agora nesse mundo nerd ou então nem faz parte dele deve estar se perguntando: "Que diabos é o Dia da Toalha? Por que criaram um dia para a toalha?"
Deu Tilt vai te explicar direitinho.

Por que Dia da Toalha?

Existe um livro de ficção científica que marcou a cultura pop/nerd do mundo inteiro: O Mochileiro das Galaxias. Esse livro conta a história de Arthur Dent, um típico inglês que descobre que seu amigo, Ford Perfect é um E.T. Sem tempo para digerir a notícia, os dois sabem o perigo que a Terra sofre por estar no meio de uma rota intergalática e será destruída em breve e precisam fazer algo para salvar nosso planeta. Os dois vão em missão numa nave espacial pertencente a raça alienígena Vorgon, que é quem deseja destruir a Terra. Nessa aventura, o item essencial de uma viagem intergalática é a TOALHA!
Para vocês entenderem melhor, fiquem com o trecho do livro que fala sobre a importância da toalha: 

“A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se (…) Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. (…) se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.”

Mas por que dia 25 de maio?

Como não queríamos que a morte de Douglas Adams, o autor do livro, fosse lembrada de maneira triste,  nós nerds, criamos o dia da toalha que ocorre duas semanas depois do dia de sua morte. Assim no dia 25/05/2001 foi instaurado do Dia da Toalha!

Então saiam com suas toalhas a postos, pois nunca se sabe os perigos que possamos enfrentar! 

FELIZ DIA DA TOALHA!!!!



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Drops - Sony libera Teaser do PS4


Depois de vários videos fakes,a Sony liberou nessa segunda, dia 20 de maio, o teaser do seu novo console! Muito mistério e um pouco de sedução para os sonistas de plantão!


Realmente um teaser! Nós só vamos saciar nossa curiosidade sobre o PS4 dia 10 de junho na E3. Tentarei fazer um live comentando a feira! Então fiquem ligados no Deu Tilt!

XBox One - Ser ou Não Ser?


Ânimos exaltados com o anuncio do novo Xbox que, ao contrário das piadinhas, não se chamará Xbox 720, mas sim Xbox One. A escolha do nome foi conceitual, já que a Microsoft quis colocar em seu novo console o que chama de Arquitetura Xbox One, que são seus três sistemas:

  1. Sistema operacional do Xbox
  2. Sistema Windons
  3. Sistema Kinect
Com esses três sistemas eles criaram o conceito All in one - tudo em um- e por isso o nome. 
O executivo Yusuf Mehdi mostrou como esses três sistemas trabalham juntos. É possível assistir tv e jogar ao mesmo tempo, também é possível entra na internet enquanto se assiste tv. Se pode fazer tudo isso através dos gestos e do controle por voz usado pelo Kinect, mesmo quando esse estiver desligado. E ainda se pode usar seu tablet ou smart phone como controle.
Todas essas novidades, porém, podem não ser usadas por nós brasileiros. Esses recursos estão disponíveis apenas nos EUA por enquanto, e ainda por cima, é necessário ter uma smart tv. Ou seja, são praticamente funções inúteis para nós que não vivemos nos EUA.
Outros questionamentos que os jogadores andam fazendo não foram respondidos ou foram ignorados nas redes sociais pelos responsáveis da parte de marketing da Microsoft. A questão da necessidade de se jogar apenas online, a ativação individual e por console de cada jogo impossibilitando a troca ou o empréstimo do jogo a um amigo, nada disso foi respondido.
Outra grande mudança foi no controle do novo console, ele teve 40 mudanças! Você que já tinha se acostumado com aquele outro controle, sim... Vai ter que reaprender a jogar com o novo. Ah, e aqueles jogos que você comprou durante esses anos, sabe o que vai acontecer? Você não poderá jogá-los no seu novo console! Afinal, só agora o bluray chega ao Xbox.



O que promete mesmo são os jogos que estão por vir, além das franquias exclusivas. Mas isso só veremos com mais detalhes em junho na E3.
Mas podem ficar com os traillers dos jogos prometidos para o Xbox One:

Eletronic Arts – FIFA 14, Madden, NBA, UFC



Forza Motorsport 5 Xbox One


Quantum Break Teaser Trailer



Activision - Call of Duty: Ghost



Eu sinceramente não fiquei muito impressionada por esses jogos e na apresentação do console eles não focaram em jogos, apenas nas funcionalidades de conectividade, que é algo que nós não poderemos usar. Fora que não foi mostrado nenhum gameplay. CG é sempre impecável  mas eu quero um videogame para jogar. Focaram em tudo menos em jogos. Foi meio decepcionante o anuncio do Xbox One. Achei que fosse conseguir gostar do console, mas a Microsoft não conseguiu me convencer ainda.

domingo, 19 de maio de 2013

Lançamento do livro Anjos da Morte de Eduardo Spohr - 18-05-2013


Deu Tilt marcou presença no lançamento do segundo livro da trilogia Filhos do Éden de Eduardo Spohr intitulado de Anjos da Morte. O lançamento ocorreu aqui no Rio de Janeiro na livraria Saraiva Megastore do Rio Sul.
Como era de se esperar, a livraria ficou lotada de fãs do autor gerando uma curiosidade grande dos frequentadores do estabelecimento. Toda hora alguém vinha me perguntar: "Quem está aí?". Eu respondia com o maior entusiasmo e as pessoas começaram a ficar bem interessadas no trabalho desse Nerd escritor.
Antes da sessão de autógrafos rolou um bate-papo com o autor. Porém, por falta de espaço ficou bem complicado de conseguir ver e ouvir. Tirando a organização do evento, que deixou a desejar na ação dos seguranças, foi muito gratificante poder ter o livro assinado. A ideia da distribuição da Dog Tag do personagem Denyel, que o Grupo Editorial Record deu aos fãs no momento do autógrafo, também foi muito boa.



Quem teve seu livro autografado e sua dog tag no pescoço saiu feliz e satisfeito não importando o que passara para consegui-los! Afinal, quando eu fui embora a fila ainda saía da da livraria e tomava parte do corredor do shopping.



Como Deu Tilt não esquece de seus leitores, nós sortearemos um exemplar de Anjos da Morte autografado pelo ilustre Eduardo Spohr! Para participar é fácil! Basta curtir nossa fanpage Deu Tilt , compartilhar o post do sorteio e nos seguir o Deu Tilt no Twitter. Não se esqueçam de clicar em participar no app do sorteio que está presente no post!


Não pode ir e quer o exemplar autografado? Então nos visite no Facebook participe do Sorteio do Anjos da Morte e boa sorte!


domingo, 12 de maio de 2013

Especial dia das mães - As mães nos animes


Nossas mães nos deram o dom da vida e nos fizeram criar o espelho delas nos animes! Então, já que hoje é o dia dessa pessoa que sempre cuidou da gente, o Deu Tilt nos traz as MÃES MAIS INCRÍVEIS DOS ANIMES!

Natassia- Mãe do Hyoga, Cavaleiros do Zodíaco


Quem nunca chorou quando Hyoga, pela primeira vez, apareceu no anime CDZ mergulhando nas águas gélidas para visitar sua falecida mãe que jazia no fundo das águas da Sibéria.

Yui Ikari - Mãe do Shinji Ikari, Evangelion


Yui Ikari morreu exercendo seu trabalho em 2004 quando Shinji ainda era uma criança pequena. Ela foi a primeira pessoa a tentar se conectar com um Eva. Nessa experiencia de conexão ao Eva Unit -01, Yui Ikari morre, porém sua essência continua a fluir no Eva 01. Yui Ikari continuou a cuidar de Shinji mesmo depois de morta.

Nadeshiko Kinomoto -Mãe da Sakura, Sakura Card Captors


Nadeshiko morreu quando Sakura tinha 3 anos. Ela aparece no anime em memórias e em espírito (literalmente).

Chi-Chi - Mãe de Gohan e Goten, Dragon Ball Z



Filha do Rei Cutelo, Chi-Chi era uma jovem tímida e delicada quando conheceu e se casou com Goku. Ao passar do tempo e com seu amadurecimento, Chi-Chi adquiriu uma personalidade forte e explosiva. Quando essa mamãe mandar vc ir tomar banho, vá... Se ela se irritar, nem genkidama segura ela!

Belle-mère - Mãe adotiva de Nami e Nojiko, One Piece


Belle-mère é a mãe adotiva de Nami e Nojiko em One Piece. Seu nome é francês e significa madrasta, porém traduzindo literalmente ficaria bela mãe. Corajosa e forte, fez de tudo para proteger suas filhas dos inimigos feitos enquanto era da Marinha.

Kushina Uzumaki - Mãe do Naruto, Naruto


Kushina morreu após o parto de Naruto que nasceu durante o ataque da Kyuubi à Vila da Folha. Fraca e com a ajuda de seu marido, Minato Namikaze, ela acredita na força de seu bebê e os dois usam seus últimos resquícios de Chakra para selar a Kyuubi dentro de Naruto. Uma decisão difícil e que sacrificou as vidas dos dois, tanto Kushina como Minato morreram. Mas ao por toda sua fé e esperança em Naruto, Kushina continuou a cuidar do seu filho mesmo após a morte, já que seu filho herdou toda sua força de vontade e a grande habilidade de seu pai Minato.

Deu tilt deseja a todas as mães um ótimo dia e só pra lembrar, a frase mais clichê: TODO DIA É DIA DAS MÃES!


domingo, 28 de abril de 2013

Resenha - Homem de Ferro 3


Ficha técnica

Estados Unidos

2013 • cor • 131 min

Direção :Shane Black

Produção :Kevin Feige, Jon Favreau

Roteiro: Shane Black, Drew Pearce
Elenco original :
Robert Downey, Jr.
Gwyneth Paltrow
Don Cheadle
Ben Kingsley
Guy Pearce
Andy Lau

Gênero: Ação

Idioma original: Inglês

Estúdio: Marvel Studios

Lançamento

26 de abril de 2013

03 de maio de 2013

Orçamento: US$ 200 milhões1 


Sinopse

Tony Stark (Robert Downey, Jr.) está obcecado por suas armaduras logo após a ameaça alienígena em Os Vingadores. Esse transtorno lhe causa falta de sono, pois tem pesadelos horríveis e teme não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow). Com mais uma ameaça terrorista rondando a nação, Tony terá que enfrentar um grande inimigo: Mandarin. Após ter sua mansão metralhada, destruída e enterrada no mar, com ele junto, O Homem de Ferro ressurge e se esforça ao máximo superar seu grande medo: o fracasso. Apenas dessa maneira poderá salvar a si mesmo e a todos acabando com Mandarin.

Resenha:

O tão esperado filme do gênio,bilionário, playboy e filantropo, nosso querido Tony Stark, o Homem de Ferro 3, deixou muito a desejar. Produzido pela Marvel e distribuído pela Disney/Buena Vista, o filme  nos traz uma adaptação do famoso arco da HQ: O incrível Homem de Ferro Extremis. 
A adaptação até que foi boa, porém seu distúrbio psicológico não foi bem trabalhado e parece que foi apenas lançado como um recurso no roteiro para gerar dificuldade. Não que precisasse, pois esse arco tem uma ameaça mais forte que o Homem de Ferro não poderia lidar sem um upgrade na armadura. Tanto que logo o distúrbio de Tony Stark foi deixado de lado e pouco trabalhado.
Creio que nesse filme o diretor quis mostrar um Stark mais humano, afinal após enfrentar uma ameaça alienígena seria impossível manter uma completa sanidade mental. Porém esse pequeno distúrbio não deixa de ser pequeno e com essa tentativa de humanização do personagem, Tony perdeu bastante de sua personalidade, ficou muito fragilizado. Tomando decisões bizarras e covardes, nosso querido gênio, bilionário, playboy e filantropo, deixou muito a desejar na sua essência. 
Quanto ao roteiro, faltou algo essencial: CLÍMAX. O único momento no qual segurei a mão do meu namorado foi quando a mansão foi bombardeada a mando do Mandarin, o que ocorre logo no começo do filme. Claro que existiram outros momentos tensos, mas quando era para ocorrer o clímax, perderam a medida. Decepcionante. Também houve a dificuldade de adaptar tantos elementos a serem trabalhados em um filme só: o Patriota de Ferro, Mandarin, os efeitos da invasão alienígena em NY, Extremis. Tantas tramas  envolvidas que o filme acabou sendo o mais independente do projeto da Marvel de criar um universo mais linkado nos filmes. Ou seja, em Homem de Ferro 3 acabou virando o filme mais independente, não mostrando quase ligação alguma com os filmes que passaram e os que estão por vir.
Enfim, o filme não é ruim, mas as expectativas estavam muito altas. Afinal os trailers nos prometeram muito mas o filme nos entregou muito pouco.  Vale a pena assistir mas não vá esperando que seja o melhor filme da franquia. Infelizmente o Homem de Ferro 3 não fechou a trilogia com chave de ouro... ficou com o ferro mesmo. Turum tss. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sabe que horas são? É Hora de Aventura! - A verdade!


Na primeira vez que assisti Adventure Time minha cabeça explodiu junto com a Dona Tromba. Logo o primeiro episódio que assisti foi o mais chocante pra mim. Pensei na hora que aquele desenho não era pra criancinha e ao mesmo tempo me apaixonei pelo traçado e pelas histórias completamente loucas!

Ficha técnica


Formato Série de desenho animado
Género Aventura
Comédia
Fantasia
Surrealismo
Sitcom
Pós-Apocalíptico
Duração Aprox. 11 min.
Criador(es) Pendleton Ward
País de origem Estados Unidos
Idioma original Inglês

Sinopse:


Finn e Jake  vivem numa Terra chamada Terra de Ooo onde se aventuram e estão cercados de seres fantásticos. Acredita-se, pelo que acontece na quinta temporada, que a Terra de Ooo seja a Terra real pós-apocalíptica depois da Grande Guerra dos Cogumelos. Essa guerra nuclear foi que gerou essa grande diversidade de seres. Foi obviamente uma referencia à bomba nuclear e notoriamente um evento mundial.
Acreditando ser o único humano restante, Finn encontra Jake e nos imerge em um mundo fascinante e louco.
Cheio de referencias a J.R.R Tolkien, Hora de Aventura é mais profundo do que parece e está cheio de Easter Eggs, mas tem que prestar muita atenção para notá-los.

Personagens:

Finn: 

Conhecemos nosso herói quando ele tinha apenas 13 anos (agora ele tem 15). Finn é um humano que foi criado pelos pais de Jake, que o encontraram abandonado ainda bebê. Com grande senso de justiça e forte entusiasmo por aventuras, Finn brande sua espada (cada temporada é uma diferente) e sai à procura de aventuras com seu irmão Jake, o cão. Inocente e justiceiro, Finn é muito ruim em Matemática e nutre, nas primeiras temporadas, um amor platônico pela Princesa Jujuba.
Em um episódio narrado pelo Rei Gelado, Finn tem seu alter ego feminino que se chama Fionna.

Jake:


Um cão mágico de 4 anos (28 anos de cachorro mágico), bulldog amarelo, ganhou seus poderes quando rolou numa poça mágica. Com seus poderes adquiridos ele pode esticar qualquer parte de seu corpo, ajudando muito Finn em seus combates. Ele também usa essa habilidade para se expressar, tornando-se um personagem muito carismático. 
Jake era um ladrão quando mais jovem, mas mudou quando decidiu acompanhar Finn em suas aventuras para defender o bem. Sendo um contra balanço moral para Finn, Jake torna claro noções como bem/mal, certo/errado.
Ele é namorado de Lady Iris, um iriscórnio que ele conheceu no episódio piloto. Mostra-se bastante hábil em tocar violino. No episódio narrado pelo Rei Gelado o seu alter ego é uma gata chamada Cake.

Personagens Secundários:

Marceline: Marceline é conhecida como a Rainha dos Vampiros, uma jovem vampira de 1000 anos de idade. Ela não é como a maioria dos vampiros que se alimentam só de sangue, ela prefere se alimentar da cor vermelha, sugando-a dos objetos. Mas como um vampiro tradicional, Marceline é vulnerável à luz solar sendo capaz, também, de se transformar em um morcego antropomórfico variando em tamanho. Marceline tem um temperamento explosivo, muitas vezes amorosa, brincalhona e sensível.
Ela é amiga próxima de Jake e Finn, mas muitas vezes deixa os seus interesses virem antes dos de seus amigos. Ela toca um contrabaixo elétrico feito a partir de um machado de guerra que era herança de família.  Os dois ferimentos em seu pescoço levam a crer que ela já fora humana, sendo uma sobrevivente da Guerra dos Cogumelos, como mostrado em "Memória de uma Memória", no qual uma viagem na mente de Marceline mostra-a como uma criança vagando nos arredores de uma cidade destruída.

Princesa Jujuba: Princesa Jujuba é um ser feito de bala de goma e DNA humano, tem 18 anos e é a princesa do Reino Doce, cujos habitantes são todos feitos de doces mas tem sentimentos ou, como Finn se refere, "tem sonhos". Ela é incrivelmente inteligente e tem muito interesse pela ciência, além de falar alemão.  Ela é, normalmente, muito gentil e bem-educada, mas tem um temperamento forte.

Rei Gelado: Rei Gelado é o principal antagonista da série (embora não intencionalmente,porque ele apenas quer amigos e uma esposa). Um velho solitário com mais de 1000 anos de idade (engraçado que a  Marceline tem a mesma idade, não? Mas de fato são seres de origens diferentes como é explicado na série), mandante sociopata do Reino Gelado que é obcecado em capturar princesas na esperança de que uma delas seja sua esposa, até ameaçando-as de morte caso se recusem. A Princesa Jujuba é seu principal alvo. Ele é mostrado, no entanto, tendo companheirismo com os pinguins, neve e animais de gelo que povoam o Reino. Ele também adora ninjas, como mostrado no episódio "Câmara das Lanças Congeladas" além de ser mestre na arte marcial de "Frijitsu", uma técnica que invoca o poder do gelo. Seus poderes mágicos (congelamento principalmente, lançando seus raios congelados, convocando seus monstros de gelo e voando com sua barba) resultam exclusivamente da coroa mágica que repousa sobre sua cabeça.

Lady Íris: Lady Íris é a leal companheira da Princesa Jujuba, uma criatura metade arco-íris, metade unicórnio que fala coreano e tem a habilidade de voar. Ela mostra ter um amor por violino como visto no episódio piloto, onde ela conhece Jake, tornando-se sua namorada. Assim como seu povo (os Iriscórnios), ela tem poderes de mutação de cor e, como seus pais, adora cães (diferente dos outros membros de sua raça pois as duas raças têm lutado por territórios na dimensão de cristal durante séculos) pois seu pai foi salvo por um cão, se tornando extremamente grato a esses seres.

Beemo (ou BMO): Nos primeiros episódios BMO parece ser apenas um videogame da década de 70, mas seu comportamento e importância vão mudando ao decorrer do desenho.Tanto que Jake e Finn tratam-no como se fosse um amigo próximo. Beemo também tem características de outros eletrodomésticos como câmera de vídeo, videocassete ou alarme digital. Seu painel frontal (o seu rosto) muda de expressão constantemente e pode ser retirado para acessar o seu sintetizador de som, conforme mostrado no episódio "O Que Faltava". Mesmo mencionando o fato de não ter sentimentos, nota-se que ele demonstra, em vários episódios, sentir medo, raiva, alegria ou tristeza. No episódio "BMO Noire" ele tem um caso amoroso com uma galinha ao qual ele deu o nome de Lorraine, e no episódio "Cinco Historinhas" é revelado que ele gostaria de ser um menino e não um robô, inclusive imitando as ações dos humanos, como escovar os dentes ou urinar. Que historia nos lembra? Pinnochio? AAAAh esses Easter Eggs!

A Hora da Aventura passa todo dia na Cartoon Network Br em diversos horários, como o canal muda diversas vezes a programação, é melhor checar toda semana. É um desenho mais que recomendado por nós do Deu Tilt!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Polaris

Muito tempo atrás, o povo morria no fim do mundo
Um jogo indie escrito por Ben Lehman, Polaris é um RPG totalmente cooperativo, sem Mestre. Ele usa um sistema de rotatividade de personagens para criar em grupo uma história de tragédia e misticismo.

O cenário é o Pólo Norte, "muito tempo atrás". Polaris não se preocupa em ser cientificamente acurado ou lógico, criando um tom mítico. O Povo criou uma comunidade perfeita no Pólo Norte até que a primeira Aurora começa a desestabilizar o sistema. O Sol representa a corrupção deste mundo - desde que ele surgiu, o mundo não é o que já foi um dia, consistindo de 4 fortalezas rodeando o Equívoco: um enorme buraco direto para o inferno. De dentro do Equívoco saem os Equivocados, demônios que são os antagonistas principais, tentando destruir o resto da comunidade. O povo continua apaticamente empurrando a vida com a barriga, preso entre decadência e politicagens. A única coisa entre o Povo e a destruição completa são Cavaleiros Estelares. O problema é que esses Cavaleiros estão fadados ao fracasso.

Como já é possível ver pela premissa, Polaris não é um jogo bem humorado. É um jogo dramático e altamente ritualizado é recomendado para pessoas que consigam levá-lo a sério. Se você não tem 3 amigos que consigam repetir "Muito tempo atrás, o povo morria no fim do mundo" sem dar risadinhas, Polaris não é o jogo para você. É importante reforçar que esse jogo não combina com salgadinhos e piadinhas - ele só vai ser interessante se for realmente levado a sério.

Polaris é um jogo para 4 jogadores. Cada jogador tem um Coração, o mais próximo de um Personagem Jogador em um RPG tradicional. Então, a partir das posições na mesa, outros papéis são designados - o jogador sentado oposto a você é o Equivocado, que controla seu adversário e em jogo tenta complicar a vida do personagem; o jogador à sua esquerda é a Lua Nova, e controla personagens com quem você tenha relações formais, como outros cavaleiros, um juiz, um prefeito e por aí vai e a sua direita fica a Lua Cheia, controlando personagens com quem você tenha relações emocionais, como um amante ou um familiar.

A única mecânica de resolução de conflito é a rolagem de um único d6. Como já mencionado anteriormente, o jogo não tem mestre. O que você diz acontece e algumas situações exigem a rolagem de um d6. À medida que seu Coração se torna mais competente, ele também se torna mais corrompido até chegar ao limite e se tornar apenas mais um Equivacado ou morrer. Esse é o destino de todos os Corações. Polaris não é um jogo feliz - é um jogo sobre cavaleirismo, tragédia e ruína inescapável. Como os jogadores interagem entre si é altamente formalizado - existem frases específicas que determinam como cada jogador pode alterar a narrativa e o jogo é sempre iniciado com "Muito tempo atrás, o povo morria no fim do mundo".

Polaris está longe de ser um jogo tradicional, mas sua pegada alternativa é uma excelente opção para quem quiser tentar um RPG realmente diferente. Se você se interessa por um RPG de heroísmo trágico, Polaris é um download gratuito aqui. O autor aceita doações de qualquer valor aqui.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Bliss Stage


O amor é a nossa arma
Agora mesmo, nesse exato momento, enquanto você lê essas palavras, a humanidade é destruída por uma força alienígena além dos limites do nosso entendimento.
Essa é a premisa de Bliss Stage, um premiado jogo indie criado por Ben Lehman. É um jogo sobre adolescentes em robôs gigantes assumindo responsabilidades e enfrentando alienígenas, mas acima de qualquer coisa é um jogo sobre relacionamentos.

O mundo foi invadido por seres extradimensionais, de uma dimensão que coexiste com nossos sonhos e pesadelos. Esses aliens prendaram os adultos em um sono profundo chamado Bliss. A sociedade ruiu enquanto crianças e adolescentes tentavam viver suas vidas. Então os alienígenas atacaram fisicamente, matando muita gente e basicamente dominando o planeta. Sete anos depois, nesse mundo pós-apocalíptico, uma arma foi encontrada. Usando uma tecnologia experimental, é possível entrar no mundo dos sonhos com um ANIMa, um tipo de robô gigante. O interessante está aqui - o robô é montado a partir de laços e emoções. A relação do piloto com a sua âncora (uma espécie de co-piloto, para simplificar) determina a força do chassis principal, o amor por um irmão pode formar um escudo, o respeito pelo comandante pode se transformar em uma espada.

O jogo em si é altamente narrativo, como outros jogos de Lehman, mas o sistema de relacionamentos é extremamente bem definido exatamente por esse motivo. É um sistema tão bom, inclusive, que é copiado em diversos jogos mais populares, como Mutantes & Malfeitores. Pouca coisa no jogo é definida, sendo que quase tudo é deixado em aberto para os jogadores - nem a aparência dos aliens é fixa. Os jogadores devem decidir o que os assusta mais e a partir daí criar os aliens.

Uma possível visão dos alienígenas
Uma das principais sugestões do livro é não responder as grandes questões do cenário. Bliss Stage é focado nos personagens e nas relações entre eles, não em entender o que são os alienígenas ou o que é o Bliss. Sim, é possível que no final da história essas perguntas sejam respondidas - mas sempre a um grave preso.

Quando um personagem morre ou atinge 108 pontos de Bliss (uma mecânica para determinar estresse emocional e maturidade), o jogador pode resolver uma das Esperanças do jogo. Isso pode ir desde reencontrar um irmão perdido a encontrar uma cura para o Bliss ou mesmo salvar a humanidade. Nesse sentido, Bliss Stage é muito parecido com Neon Genesis Evangelion - existem respostas, mas elas não são pré-definidas e consegui-las vai custar muito caro. Também existe similaridade no sentido que Bliss Stage é um jogo trágico; a comodidade mais valiosa é a vida dos protagonistas e ela vai ter que ser gasta mais cedo ou mais tarde.

Bliss Stage é um jogo que trata de relacionamentos entre adolescentes e como não podia deixar de ser, isso envolve sexo. O livro menciona que isso não deve ser um tabu na mesa, mas é fácil imaginar pessoas envergonhadas por isso. Alcançar o nível mais alto de Intimidade (uma mecânica importante para montar seu ANIMa) exige relações sexuais, mas isso não quer dizer que sua mesa vai se transformar na leitura de slashfic. "Fulano e Fulana tiraram as roupas e se entregaram um ao outro" é uma forma perfeitamente válida de lidar com isso.

Bliss Stage tem uma visual novel em processo de produção, com uma versão demo no site. O livro pode ser baixado gratuitamente, mas o autor aprecia doações de qualquer valor.

Resenha - Skullkickers


Um grandalhão e um anão, anacronismo, muita ação e muito humor são os ingredientes da politicamente incorreta Skullkickers, quadrinho de Jim Zub publicado pela Image Comics, vencedor de um prêmio Eisner. Zub denonima o estilo da história como sword and sassery ('espada e insolência', numa tradução livre) numa corruptela do termo sword and sorcery que define clássicos como Conan.

Zub deixa claro que sua maior influência é Dungeons & Dragons. Jogando desde criança, ele era o tipo de jogador que faz as coisas mais estranhas nas situações mais desesperadoras, às vezes obtendo sucesso mas sempre obtendo gargalhadas. Se durante suas sessões de D&D Zub encarava como um dever fazer seu Dungeon Master cair na gargalhada, agora ele revive esse dever fazendo seus leitores gargalharem lendo Skullkickers.


Zub já deu dicas importantes sobre a realidade do mercado de publicação independente nos EUA. Cortando em miúdos, Skullkickers não está deixando ele rico, mas é extremamente divertido e uma coisa que ele sempre quis fazer. Esse entendimento tão profundo de sua mídia escolhida se reflete na obra em si; o primeiro arco de histórias foi feito para ser auto-contido, apesar de ter ganchos para uma série mais longa. Entre cada arco de história, uma edição com histórias curtas (e hilárias!) é incluída dando espaço para artistas convidados e uma merecida folga para a equipe titular. Até mesmo um concurso foi realizado para que um leitor tivesse uma história própria em uma coletânea dessas histórias curtas (na edição 18).

Apesar de todas essas características positivas, a maior força de Skullkickers está na simplicidade e carisma. Nossos protagonistas começam a história sem nem mesmo ter nomes, mas é muito fácil gostar deles da mesma forma. A violência é exagerada, mas o humor que sempre a acompanha diminui o impacto. Em um cenário de quadrinhos cada vez mais interligados e com continuidade cada vez mais confusa, Skullkickers é uma opção despreocudada e extremamente divertida.

Skullkickers segue dois mercenários com poucos escrúpulos e menos cérebro enquanto eles passam por situações corriqueiras de fantasia medieval de forma nem um pouco corriqueira. Um deles é um humano grandalhão com uma pistola de mão e o outro é um anão com dois machados.

Não espere um grande épico que desvende a natureza humana em Skullkickers. Espere muita ação, muita aventura, usos criativos para pessoas imortais, anões confundindo veneno com drogas de expansão de consciência, muita ironia e muitas referências a D&D (em uma das edições, Zub até incluiu a ficha dos dois protagonistas como monstros para D&D 4a edição!).


Para quem se interessou, Skullkickers está disponível via Diamond e em forma digital no ComiXology. Inclusive, na ComiXology as edições 0 e 1 estão disponíveis completamente grátis.